Guarda de Fronteira
Contemplando o deserto abaixo do seu monte, pensa em tudo o que foi e tudo o que é. Assim se encontra a imponente figura, de pé com a sua armadura já desgastada pelo tempo mas ainda em muito boas condições. Rodeado por restos do que outrora foram homens, aliados ou inimigos já nem ele sabe. A areia que cobria o monte era vermelha em comparação com a areia cristalina no campo circundante, o que lhe dava essa cor eram anos de sangue ali jorrado.
Este homem já marcado pelo tempo e pela batalha encontra-se à espera de algo. Este homem sabe que um mundo sem ideais não tolera a sua presença. A presença de um homem de princípios e integridade, só incomoda numa sociedade assim.
Passado tantos anos desde o último confronto encontra-se sozinho, recordando com saudade aquela última carga. Aquela carga, aquela local... ainda consegue saborear o sangue. Recorda-se do que os seus aliados disseram na altura... "Quando tudo decente desaparecer voltaremos, nós ou os nossos filhos!". Após tantos tempo poderia essa promessa ainda ser cumprida? com homens com eles sabia que sim, contudo a sua mente não descansava.
Pensava nos seus irmãos a norte, os que se preparavam em Valhalla e que já haviam combatido a seu lado. Lá acolhidos pelas suas Valquírias preparavam-se para o Ragnarök. Homens sábios, que sabiam ter de se preparar pois o momento estaria sempre próximo demais. Homens valorosos, por cada um que tombava cem do inimigo tobavam também. Homens puros, que sabiam não temer a morte, mas sim temiam que a sua morte fosse inútil. - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima" - Pensava.
Pensava nos seus irmãos a oeste, aqueles que se entregavam à morte pelos seus deuses, sentiam ser a única de os honrar. Disseram-lhe um dia "Que maior presente podes dar a alguém que a tua vida?", compreendeu-os. Não era a sua crença, mas percebia o seu argumento... ele estava ali pela mesma razão, dar a sua vida pelo que acreditava. Esperava que Xibalba os tivesse acolhido bem e que se tenham mantido atentos, pois a data por eles estipulada está perto... 21/12/2012. Homens letais e bravos em batalha, desorganizados mas com uma coragem difícil de igualar. - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima" - Pensava.
Pensava nos seus irmãos no extremo oriente, homens de uma honra extrema. A rendição não era uma opção, antes o suicídio do que ser feito prisioneiro por homens desonrados. Homens nascidos e treinados apenas para a batalha, era no campo de batalha que se mostravam. Homens simples e de valores. - "Bem parecidos comigo." - Pensava. Guerreiros exímios, dava prazer vê-los lutar... Uma elegância de movimentos, até na forma como o inimigo tombava. " Espero que a sua crença os tenha levado a reencarnar." - dizia a si mesmo, enquanto olhava para algo que se assemelhava ao equipamento de um destes homens. Enquanto pensava nas antigas campanhas e nos gloriosos momentos em que o sangue dos seus inimigos os fazia acreditar que era possível mudar o rumo das coisas, lembra-se que - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima".
Pensava nos seus irmãos no oriente, nas desoladas estepes. Homens de uma brutalidade só comparável ao seu génio militar. Lembrava-se bem das estepes, tão desoladas que apenas as mais crueis criaturas ali sobrevivem. Olhava-se em volta e não se via vida, nem uma erva daninha ali se atrevia a crescer. Um homem ali transforma-se, ali a vida que ele possui desvanece. O homem transforma-se, o seu desejo de sobrevivência fá-lo confiar em poucos e exigir muito em quem confia. Excelentes companheiros em batalha, uma destruíção incomparável. Tanto sangue derramado à conta destes camaradas. - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima" - Pensava.
Lembrava-se da promessa que tinha feito, ali naquele local - "Aqui ficarei! Nunca recuar!". No passado muitos se haviam ali reunido com a mesma promessa, hoje voltava lá sozinho. Ainda acreditava que outros haveriam de chegar, ainda havia tempo, não muito mas ainda havia. Sabia que o tempo escaceava, pois a doença de uma sociedade onde as pessoas já não interessam começava a entrenhá-lo. Cada dia que passava o incomodava mais encontrar-se com outros, ver o que eles faziam nas costas uns dos outros e o quanto mais tentado a fazer o mesmo ele se sentia. Sabia que era no limite em que os velhos guerreiros estivessem perto a sucumbir à falta de valores que a batalha aconteceria.
Seria aqui, no local onde tantos já pereceram que tudo iria acabar. Ou o sonho prevelaceria ou então tombava, viver de outra maneira estava fora de questão. Faltava agora saber quem se juntaria a seu lado.
Este homem já marcado pelo tempo e pela batalha encontra-se à espera de algo. Este homem sabe que um mundo sem ideais não tolera a sua presença. A presença de um homem de princípios e integridade, só incomoda numa sociedade assim.
Passado tantos anos desde o último confronto encontra-se sozinho, recordando com saudade aquela última carga. Aquela carga, aquela local... ainda consegue saborear o sangue. Recorda-se do que os seus aliados disseram na altura... "Quando tudo decente desaparecer voltaremos, nós ou os nossos filhos!". Após tantos tempo poderia essa promessa ainda ser cumprida? com homens com eles sabia que sim, contudo a sua mente não descansava.
Pensava nos seus irmãos a norte, os que se preparavam em Valhalla e que já haviam combatido a seu lado. Lá acolhidos pelas suas Valquírias preparavam-se para o Ragnarök. Homens sábios, que sabiam ter de se preparar pois o momento estaria sempre próximo demais. Homens valorosos, por cada um que tombava cem do inimigo tobavam também. Homens puros, que sabiam não temer a morte, mas sim temiam que a sua morte fosse inútil. - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima" - Pensava.
Pensava nos seus irmãos a oeste, aqueles que se entregavam à morte pelos seus deuses, sentiam ser a única de os honrar. Disseram-lhe um dia "Que maior presente podes dar a alguém que a tua vida?", compreendeu-os. Não era a sua crença, mas percebia o seu argumento... ele estava ali pela mesma razão, dar a sua vida pelo que acreditava. Esperava que Xibalba os tivesse acolhido bem e que se tenham mantido atentos, pois a data por eles estipulada está perto... 21/12/2012. Homens letais e bravos em batalha, desorganizados mas com uma coragem difícil de igualar. - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima" - Pensava.
Pensava nos seus irmãos no extremo oriente, homens de uma honra extrema. A rendição não era uma opção, antes o suicídio do que ser feito prisioneiro por homens desonrados. Homens nascidos e treinados apenas para a batalha, era no campo de batalha que se mostravam. Homens simples e de valores. - "Bem parecidos comigo." - Pensava. Guerreiros exímios, dava prazer vê-los lutar... Uma elegância de movimentos, até na forma como o inimigo tombava. " Espero que a sua crença os tenha levado a reencarnar." - dizia a si mesmo, enquanto olhava para algo que se assemelhava ao equipamento de um destes homens. Enquanto pensava nas antigas campanhas e nos gloriosos momentos em que o sangue dos seus inimigos os fazia acreditar que era possível mudar o rumo das coisas, lembra-se que - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima".
Pensava nos seus irmãos no oriente, nas desoladas estepes. Homens de uma brutalidade só comparável ao seu génio militar. Lembrava-se bem das estepes, tão desoladas que apenas as mais crueis criaturas ali sobrevivem. Olhava-se em volta e não se via vida, nem uma erva daninha ali se atrevia a crescer. Um homem ali transforma-se, ali a vida que ele possui desvanece. O homem transforma-se, o seu desejo de sobrevivência fá-lo confiar em poucos e exigir muito em quem confia. Excelentes companheiros em batalha, uma destruíção incomparável. Tanto sangue derramado à conta destes camaradas. - "Homens assim fazem falta no momento que se aproxima" - Pensava.
Lembrava-se da promessa que tinha feito, ali naquele local - "Aqui ficarei! Nunca recuar!". No passado muitos se haviam ali reunido com a mesma promessa, hoje voltava lá sozinho. Ainda acreditava que outros haveriam de chegar, ainda havia tempo, não muito mas ainda havia. Sabia que o tempo escaceava, pois a doença de uma sociedade onde as pessoas já não interessam começava a entrenhá-lo. Cada dia que passava o incomodava mais encontrar-se com outros, ver o que eles faziam nas costas uns dos outros e o quanto mais tentado a fazer o mesmo ele se sentia. Sabia que era no limite em que os velhos guerreiros estivessem perto a sucumbir à falta de valores que a batalha aconteceria.
Seria aqui, no local onde tantos já pereceram que tudo iria acabar. Ou o sonho prevelaceria ou então tombava, viver de outra maneira estava fora de questão. Faltava agora saber quem se juntaria a seu lado.
"Quem se juntaria no cume daquele monte, no último momento para se ser grande"
"Who would stand on the top of that hill"
"Who would stand on the top of that hill"
Tormentedly Yours
Mente Atormentada
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