Sem rumo
Sento-me aqui com vontade de escrever, mas sei saber o quê. Não sei se venho terminar a minha viagem, se venho começar outra...
Se começo já outra sem fechar a anterior, quer dizer que vou abrir ainda mais a cova. Realmente não me sinto com paciência para isso.
Realmente apetece-me vaguear onde apenas os mortos vagueiam...perder-me nesta imensidão sem tempo, nem luz. Estar só com os meus pensamentos, que apenas me empurram para aqui mas não os consigo ouvir.
Hoje sinto-me com força para acabar o que cá vim fazer da última vez, com sangue para voltar a jorrar nesta terra que tanto amei/amo. A primeira cicatriz rebenta, o chão fica húmido, sinto a vida a escapar mais uma vez.
Recentemente confirmei que já pouco ou nada me prende ao passado, por outro lado toda a parte negra, sombria e de sofrimento contínua a ser parte "vital" de mim. A minha vida passa constantemente por reabrir velhas feridas e nelas me deitar a sentir o "belo" sofrimento a tomar conta de mim.
É algo que não faz sentido...sem laços à parte física do passado, mas a parte emocional ainda está fortemente unida com tudo o que sou...por vezes penso o que é preciso para mudar a essência de uma pessoa, mas rapidamente uma voz se apodera de mim a questionar o porquê da mudança.
O desejo Humano de sofrer é algo que testemunho constantemente, especialmente na minha pessoa. É uma sensação de tirar a vida e entrar num mundo onde não se respira, onde os nossos pensamentos são livres pois ninguém os julga. Ninguém os vê. Como nunca tive grandes problemas com o que de mim era pensado, nunca foi a minha razão para aqui vir. Não foi para dizer aqui não tenho apoio sou só eu, de forma a justificar a falta de apoio que alguns têm. Não foi para fugir de olhares estranhos, pois nem toda a gente vê para além da máscara. Quando vim, foi simplesmente para morrer.
Sentir a dor a tornar-se parte de mim, sentir a fúria a libertar-se num espaço onde danos não ocorrem. Não se pode destruír o que não foi construído. Ironicamente aí construí a minha nova vida: a "morte". No meio do desespero encontrei a minha tranquilidade, no meio do sangue encontrei a minha "água". Tudo o que era não tinha vida, o que sou ainda não tem só vida.
Por alguma razão já sou "impedido" de cá vir, alguém viu para além da máscara e chegou à margem onde tantas vezes embarquei, de onde um dia parti sem data de retorno. Sabe bem ser puxado para o mundo dos vivos.
É um puxão consentido, é aquela vontade de voltar a caminhar noutros locais e deixar que a maré apague as pegadas nesta margem, que já foram só minhas.
Neste momento sei que a morte só já não chega, ainda não sei se só a vida chega. Terei mudado assim tanto que tenha chegado a hora de mudar, ou será que é só um conceito repentino e quero a todo custo acreditar nele?
Sinceramente não sei...talvez noutras viagens...talvez noutros passeios...talvez noutras cremações...
Se começo já outra sem fechar a anterior, quer dizer que vou abrir ainda mais a cova. Realmente não me sinto com paciência para isso.
Realmente apetece-me vaguear onde apenas os mortos vagueiam...perder-me nesta imensidão sem tempo, nem luz. Estar só com os meus pensamentos, que apenas me empurram para aqui mas não os consigo ouvir.
Hoje sinto-me com força para acabar o que cá vim fazer da última vez, com sangue para voltar a jorrar nesta terra que tanto amei/amo. A primeira cicatriz rebenta, o chão fica húmido, sinto a vida a escapar mais uma vez.
Recentemente confirmei que já pouco ou nada me prende ao passado, por outro lado toda a parte negra, sombria e de sofrimento contínua a ser parte "vital" de mim. A minha vida passa constantemente por reabrir velhas feridas e nelas me deitar a sentir o "belo" sofrimento a tomar conta de mim.
É algo que não faz sentido...sem laços à parte física do passado, mas a parte emocional ainda está fortemente unida com tudo o que sou...por vezes penso o que é preciso para mudar a essência de uma pessoa, mas rapidamente uma voz se apodera de mim a questionar o porquê da mudança.
O desejo Humano de sofrer é algo que testemunho constantemente, especialmente na minha pessoa. É uma sensação de tirar a vida e entrar num mundo onde não se respira, onde os nossos pensamentos são livres pois ninguém os julga. Ninguém os vê. Como nunca tive grandes problemas com o que de mim era pensado, nunca foi a minha razão para aqui vir. Não foi para dizer aqui não tenho apoio sou só eu, de forma a justificar a falta de apoio que alguns têm. Não foi para fugir de olhares estranhos, pois nem toda a gente vê para além da máscara. Quando vim, foi simplesmente para morrer.
Sentir a dor a tornar-se parte de mim, sentir a fúria a libertar-se num espaço onde danos não ocorrem. Não se pode destruír o que não foi construído. Ironicamente aí construí a minha nova vida: a "morte". No meio do desespero encontrei a minha tranquilidade, no meio do sangue encontrei a minha "água". Tudo o que era não tinha vida, o que sou ainda não tem só vida.
Por alguma razão já sou "impedido" de cá vir, alguém viu para além da máscara e chegou à margem onde tantas vezes embarquei, de onde um dia parti sem data de retorno. Sabe bem ser puxado para o mundo dos vivos.
É um puxão consentido, é aquela vontade de voltar a caminhar noutros locais e deixar que a maré apague as pegadas nesta margem, que já foram só minhas.
Neste momento sei que a morte só já não chega, ainda não sei se só a vida chega. Terei mudado assim tanto que tenha chegado a hora de mudar, ou será que é só um conceito repentino e quero a todo custo acreditar nele?
Sinceramente não sei...talvez noutras viagens...talvez noutros passeios...talvez noutras cremações...
Tormentedly Yours
Mente Atormentada
Mente Atormentada