Espiral
A vontade de morrer cresce cada vez mais, pergunto-me porque me levantei em primeiro lugar...O que tinha para voltar onde nunca pertenci.
Nunca pertenci, não pertenço, nem pertencerei...Só há um sítio onde até hoje fui eu. Um local temido por muitos, destestado por outros, adorado por alguns que não o compreendem.
Enquanto uns buscam por imortalidade, eu busco por mortalidade...Algo que me faça temer a morte, algo que me faça sentir bem como a ausência do ser me faz. Um local tão deserto onde nem a erva daninha cresce... Onde só de nós depende um fôlego, uma vontade. Sempre vivi por mim, de mim e para mim. Durante breves momentos houve quem partilhasse a verdadeira viagem, mas nunca por muito. Por várias razões, desgaste, medo, incompreensão, abandono, entre outros.
A dependência é algo que nos assusta a todos, seja pelo facto da dependência ou por não ter em quem depender... Em quem não confia inteiramente em muita gente, depender de uma pessoa que seja já é problema de sobra... Quem sempre trilhou o seu caminho totalmente sozinho, com as suas aspirações, medos e ódios; nunca conseguirá confiar em muita gente. O que gera um problema, pois quando confia sobrecarga essa pessoa e acaba por afastar toda a gente à sua volta.
Voltando ao seu recanto, onde apenas a morte sabe o caminho, jurando nunca mais voltar e sempre a cometer os mesmos erros. É isso que a vida é, uma roda onde repetimos os mesmos erros apenas com mascaras diferentes. Procuramos significado onde não o há, nunca houve. Apenas vivemos para sofrer, mascaramos o fundamental com falsos momentos de alegria onde pensamos que é esse o verdadeiro significado. Sabendo que nada fica na mesma e que a dor está apenas ao virar de um esquina. Continuamos a procurar algo que não percebemos, a felicidade, e por isso continuamos na roda, na espiral. A compensar todo o sofrimento com uma busca fútil de felicade. Sei que nunca o fui, pelo menos verdadeiramente, continuo apenas infeliz, mais ou menos dependendo dos dias e situações.
Da dor dizem que saimos mais fortes, aprendemos. Ao mesmo tempo dizem que aprendemos até morrer. Logo concluí-se que sofremos até morrer. Mas e se morremos tantas vezes que apenas se sente o sofrimento a aumentar de cada vez que o fazemos, qual é a motivação de que temos para nos levantar-mos no dia seguinte. Porque não largar tudo de uma vez...porque não morrer de forma tão atroz quanto consiguamos imaginar e parar de sofrer? Adoramos sofrer? Quando é o suficiente? Não sei... neste momento apenas sinto cansaço, saudade e mágoa.
É um daqueles dias onde apenas morrer nos parece bem. Voltar a abrir a nossa campa, cavá-la mais fundo que antes para não sairmos tão facilmente dela. Não voltar a sair para cometer os mesmos erros. Esperar apenas que o corpo apodreça.
Se algum dia passarem pela minha sepultura não chorem, foi uma escolha. Quem sabe se não a única para mim.
Nunca pertenci, não pertenço, nem pertencerei...Só há um sítio onde até hoje fui eu. Um local temido por muitos, destestado por outros, adorado por alguns que não o compreendem.
Enquanto uns buscam por imortalidade, eu busco por mortalidade...Algo que me faça temer a morte, algo que me faça sentir bem como a ausência do ser me faz. Um local tão deserto onde nem a erva daninha cresce... Onde só de nós depende um fôlego, uma vontade. Sempre vivi por mim, de mim e para mim. Durante breves momentos houve quem partilhasse a verdadeira viagem, mas nunca por muito. Por várias razões, desgaste, medo, incompreensão, abandono, entre outros.
A dependência é algo que nos assusta a todos, seja pelo facto da dependência ou por não ter em quem depender... Em quem não confia inteiramente em muita gente, depender de uma pessoa que seja já é problema de sobra... Quem sempre trilhou o seu caminho totalmente sozinho, com as suas aspirações, medos e ódios; nunca conseguirá confiar em muita gente. O que gera um problema, pois quando confia sobrecarga essa pessoa e acaba por afastar toda a gente à sua volta.
Voltando ao seu recanto, onde apenas a morte sabe o caminho, jurando nunca mais voltar e sempre a cometer os mesmos erros. É isso que a vida é, uma roda onde repetimos os mesmos erros apenas com mascaras diferentes. Procuramos significado onde não o há, nunca houve. Apenas vivemos para sofrer, mascaramos o fundamental com falsos momentos de alegria onde pensamos que é esse o verdadeiro significado. Sabendo que nada fica na mesma e que a dor está apenas ao virar de um esquina. Continuamos a procurar algo que não percebemos, a felicidade, e por isso continuamos na roda, na espiral. A compensar todo o sofrimento com uma busca fútil de felicade. Sei que nunca o fui, pelo menos verdadeiramente, continuo apenas infeliz, mais ou menos dependendo dos dias e situações.
Da dor dizem que saimos mais fortes, aprendemos. Ao mesmo tempo dizem que aprendemos até morrer. Logo concluí-se que sofremos até morrer. Mas e se morremos tantas vezes que apenas se sente o sofrimento a aumentar de cada vez que o fazemos, qual é a motivação de que temos para nos levantar-mos no dia seguinte. Porque não largar tudo de uma vez...porque não morrer de forma tão atroz quanto consiguamos imaginar e parar de sofrer? Adoramos sofrer? Quando é o suficiente? Não sei... neste momento apenas sinto cansaço, saudade e mágoa.
É um daqueles dias onde apenas morrer nos parece bem. Voltar a abrir a nossa campa, cavá-la mais fundo que antes para não sairmos tão facilmente dela. Não voltar a sair para cometer os mesmos erros. Esperar apenas que o corpo apodreça.
Se algum dia passarem pela minha sepultura não chorem, foi uma escolha. Quem sabe se não a única para mim.
Tormentedly Yours
Mente Atormentada
Mente Atormentada