O que fazer?!
Mais uma noite, mais uma viagem. Os preparativos foram feitos...gin e cigarros em quantidade e a morte mais perto.
Após tanto tempo de ausência a tentar re-aprender a "andar" no mundo dos vivos, volto onde sei caminhar onde poucos o sabem. Aqui sinto-me bem...apanho o barco e volto para onde cresci nos últimos anos. Tantos rios que por aqui naveguei, sentia saudades.
Hoje é um óptimo dia para uma viagem ao local que tantos temem, mas eu ainda o amo. Sinto as sombras a envolverem-me, vejo uma amiga de há muito...pergunta-me se é para abrir uma nova sepultura. A única resposta que lhe posso dar é que ainda não sei...vamos ver como isto corre.
Ao abrir-me todo o seu domínio sinto-me bem....vontade de ficar. Sei que não o devo fazer, pelo menos ainda não, mas por hora deixem-me vaguear. Sinto todas as mágoas a voltarem, as velhas feridas a abrirem, o sangue a voltar a correr. Alguns diram que é estranho que me sinta bem assim, mas foi assim que vivi. Da dor vem a força, da fúria a vontade de lutar.
O gin corre forte pelas veias...sinto tudo o que foi a ficar reduzido a restos, cinzas do que outrora foi uma pessoa...Sinto-me desfeito mas completo. Aqui lutei, aqui renasci um dia, aqui voltarei permanentemente....agora quando não sei. Como renasce alguém num local desprovido de vida? é fácil, quando a vida já não nos interessa.
Neste momento há algo que me prenda há vida, por isso este regresso ainda não pode ser permanente. Agora a duração do mesmo não sei. Não sei se já consigo tirar força doutro lugar para conquistar o último obstáculo deste caminho que comecei a trilhar quando aqui cheguei. Já passaram anos, mas ainda me sinto na mesma. É estranho, já não sou o mesmo mas ainda aqui pertenço. Contínuo com os mesmos defeitos e qualidades, ou qualidades e defeitos para alguns, com as mesmas feridas por cicatrizar, com o mesmo ódio para libertar.
Quando penso em como tenho tentado "viver", penso quando vou cometer o primeiro erro, quando vou voltar a destruir uma vida. Quando vou observar uma pessoa a ficar sem forças à minha frente, quando vou desfazer tudo o que ela um dia foi...
Pode-se pensar que é medo, provavelmente até o é. Ridículo para quem sempre viveu sem medo, a única coisa que tem medo é dele próprio. Não é por o mal que causo a mim, mas pelo que causo aos outros. É isto que digo a mim próprio, sei que em grande parte é por isso, daí a minha decisão de vir morar para aqui... nunca mais destruir ninguém...
Após tanto tempo de ausência a tentar re-aprender a "andar" no mundo dos vivos, volto onde sei caminhar onde poucos o sabem. Aqui sinto-me bem...apanho o barco e volto para onde cresci nos últimos anos. Tantos rios que por aqui naveguei, sentia saudades.
Hoje é um óptimo dia para uma viagem ao local que tantos temem, mas eu ainda o amo. Sinto as sombras a envolverem-me, vejo uma amiga de há muito...pergunta-me se é para abrir uma nova sepultura. A única resposta que lhe posso dar é que ainda não sei...vamos ver como isto corre.
Ao abrir-me todo o seu domínio sinto-me bem....vontade de ficar. Sei que não o devo fazer, pelo menos ainda não, mas por hora deixem-me vaguear. Sinto todas as mágoas a voltarem, as velhas feridas a abrirem, o sangue a voltar a correr. Alguns diram que é estranho que me sinta bem assim, mas foi assim que vivi. Da dor vem a força, da fúria a vontade de lutar.
O gin corre forte pelas veias...sinto tudo o que foi a ficar reduzido a restos, cinzas do que outrora foi uma pessoa...Sinto-me desfeito mas completo. Aqui lutei, aqui renasci um dia, aqui voltarei permanentemente....agora quando não sei. Como renasce alguém num local desprovido de vida? é fácil, quando a vida já não nos interessa.
Neste momento há algo que me prenda há vida, por isso este regresso ainda não pode ser permanente. Agora a duração do mesmo não sei. Não sei se já consigo tirar força doutro lugar para conquistar o último obstáculo deste caminho que comecei a trilhar quando aqui cheguei. Já passaram anos, mas ainda me sinto na mesma. É estranho, já não sou o mesmo mas ainda aqui pertenço. Contínuo com os mesmos defeitos e qualidades, ou qualidades e defeitos para alguns, com as mesmas feridas por cicatrizar, com o mesmo ódio para libertar.
Quando penso em como tenho tentado "viver", penso quando vou cometer o primeiro erro, quando vou voltar a destruir uma vida. Quando vou observar uma pessoa a ficar sem forças à minha frente, quando vou desfazer tudo o que ela um dia foi...
Pode-se pensar que é medo, provavelmente até o é. Ridículo para quem sempre viveu sem medo, a única coisa que tem medo é dele próprio. Não é por o mal que causo a mim, mas pelo que causo aos outros. É isto que digo a mim próprio, sei que em grande parte é por isso, daí a minha decisão de vir morar para aqui... nunca mais destruir ninguém...
Do like I told you
Stay away from me
Never misunderstand me
Keep away from me
Stay away from me
Never misunderstand me
Keep away from me
Penso nestas palavras, assim como outras, usei-as todas quando me retirei. Nunca tive medo da minha dor, aliás amei-a, mas nunca me suportei por a infligir a outros. Não sei se é por um sentido de honra, de não impôr aos outros o não conseguem suportar.
Neste momento estou dividido em dois, algo em mim quer viver porém algo em mim quer aqui ficar para sempre. O estranho é quem ambos me empurram para aqui. Um quer queimar tudo, lutar com tudo o que há para lutar e sair daqui. A outra parte de mim só quer gritar abram-me a sepultura e deixem-me ficar em casa. Enquanto esta batalha interior não acabar, não vou ter descanso.
Destruição vou ter...e em demasia. Nada que eu não estivesse à espera...não podia construír nada de novo sem mandar nada abaixo. Apenas espero que não arraste ninguém neste processo.
Neste momento apenas sinto a morte a tomar conta de mim e eu a quere ir para ela...mas sei que não posso ficar. Não sei se vou ficar ou partir definitivamente...neste momento parte de mim fica...nem sei se fico totalmente...
Tenho de parar, já não tenho "forças", já não tenho sangue...tudo à minha volta ja foi sangue no meu corpo. Agora resta tentar apreciar o resto do gin e o último cigarro...
Neste momento estou dividido em dois, algo em mim quer viver porém algo em mim quer aqui ficar para sempre. O estranho é quem ambos me empurram para aqui. Um quer queimar tudo, lutar com tudo o que há para lutar e sair daqui. A outra parte de mim só quer gritar abram-me a sepultura e deixem-me ficar em casa. Enquanto esta batalha interior não acabar, não vou ter descanso.
Destruição vou ter...e em demasia. Nada que eu não estivesse à espera...não podia construír nada de novo sem mandar nada abaixo. Apenas espero que não arraste ninguém neste processo.
Neste momento apenas sinto a morte a tomar conta de mim e eu a quere ir para ela...mas sei que não posso ficar. Não sei se vou ficar ou partir definitivamente...neste momento parte de mim fica...nem sei se fico totalmente...
Tenho de parar, já não tenho "forças", já não tenho sangue...tudo à minha volta ja foi sangue no meu corpo. Agora resta tentar apreciar o resto do gin e o último cigarro...
I'm not the one who's so far away
When I feel the snake bite enter my veins
Never did I wanna be here again
And I don't remember why I came
When I feel the snake bite enter my veins
Never did I wanna be here again
And I don't remember why I came
Com isto me vou...ainda não sei onde vou prenoitar...
(todos os pedaços em inglês são da banda GodSmack do seu albúm homónimo)
(todos os pedaços em inglês são da banda GodSmack do seu albúm homónimo)
Tormentedly Yours
Mente Atormentada
Mente Atormentada
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