Tuesday, May 31, 2011

Noite Pagã


Noite Pagã

Encontras-te comigo no meu templo pagão,
Aceitaste o meu convite para pecar.
Por momentos foges à tua realidade secular.
Aqui tudo é milenar, as pedras, o chão...

Vens Bela, quase virgem, a tua leve túnica branca
Descalça quase deslizas pela folhagem,
Diriges-te para mim, suave como a aragem...
Abraço-te, Beijo-te, Mordo-te, saltas para mim, apoiando-te na anca.

Deito-te nesta pedra milenar, onde Deuses foram adorados.
A Lua ilumina o teu corpo, dispões-te como uma Deusa.
Ah como o desejo da carne me consome, sinto que te quero presa.
E mais uma vez, caindo por cima de ti, nos beijamos entrelaçados.

O desejo consome-me, as minhas mãos deslizam pelo teu corpo, procurando definir...
Deslizo pelo teu rosto, percorro suavemente os teus seios, perco-me em ti.
Em desafogo, começo-te a despir, tímida cobres-te, mesmo sabendo que ninguém nos vê aqui.
Afago-te os cabelos, beijo-te as orelhas, mordo-te o pescoço, já nem tentas fugir...

Nua estás agora, nua como eu aqui estava neste templo,
Aqui estamos parecendo Afrodite e Eros, como Min e Trebaruna.
O Desejo entre nós cresce, entre violência e ternura.
Empurro o teu corpo contra a pedra, agora te contemplo.

Deusa antiga percorro o teu corpo, sabes onde me dirijo.
Beijo teu lábios, teus pescoço, teus seios, tuas ancas...
Perco-me e encontro-me em ti, louco em danças.
Chego onde me dirigia, sopro levemente, todo o teu corpo fica rijo.

Provo-te, Quero-te, Saboreio-te, viro, revolvo, deslizo, reviro
A minha lingua discursa incessantemente, tu respondes com um suspiro...
As tuas ancas apertam-me, lutamos, gostamos, invisto novamente.
Tu, o teu sabor, o teu cheiro, és tu meu mundo, quero-o perdidamente.

O Céu, a Terra, o Inferno foram teus, todos os templos pagãos caídos, todos os prazeres sentidos
O teu sorriso, o meu sorriso, o teu corpo caído, neste templo caído
Levantas-te numa fúria maravilhosa, atiras o meu corpo ao chão, o desejo antigo, os desejos perdidos.
Agora és tu quem me beija, meu corpo é teu, as linguas que se tocam nossas, neste local proíbido.

Sinto tudo à flor da pele, o teu toque, os teus lábios, a tua lingua, todo eu entregue.
O meu corpo rijo, erecto, é tua canva, tu preênche-la com beijos, mordidelas, chupões, tu a artista, eu a tela.
O desejo transborda em ti, algo de novo em ti, desde há muito não liberta, aqui estás... Bela
Saltas para cima de mim, forças-me contra o chão com os teus braços, voltas a beijar-me, neste momento não há quem sossegue.

Agora a sede é tua, sabes o que queres e eu desejo que o tomes, anseio que o tomes
E tu satisfazendo o meu anseio e o teu desejo, diriges-te ao meu templo.
A tua boca é doce, a tua língua brava, os teus movimentos divinos.
A tua boca sussura-me gentilmente, a tua lingua revolta-se incessantemente, o teu desejo ardente.
Tu, o meu Olimpo, eu servo pagão de ti minha deusa, hoje proibídos.


Quero-te, anseio por te ter neste altar. O desejo já não o consigo sossegar. Agarro-te pelos teus cabelos alourados, deito-te nesta pedra milenar. E onde só os perdidos e excomungados têm lugar, te faço minha. Os meus movimentos, inicialmente, incontrolados de um desejo. Tu também descontrolada... Nesse descontrolo nos encontramos e seguimos, a noite é nossa, o desejo só nosso... Agarras as minhas costas, as tuas unhas cravadas no meu dorso. Os nossos corpos são um, assim como o nosso desejo... Tu escondias-te atrás de um dogma que nunca foi teu. Eu, tudo aquilo que te foi proibido. Os nossos corpos apenas um... O nosso ritmo acelera,a nossa paixão cresce. Os nossos corpos suados, Os nossos corpos marcados, A seiva corre entre nós, marca impura do que somos...

A noite foi nossa, tantas vezes a criámos, destruímos, repetimos, os nossos olhares trocam os segredos dos amantes, esta noite foi só nossa, ninguém a sabe, nem ninguém a saberá... As recordações para sempre nossas, os olhares serão a porta para o nosso local de pecado.

Tormentedly Yours

Mente Atormentada

Saturday, May 21, 2011

Soneto de Luxúria




Soneto de Luxúria


Olhas para mim chocada,

Como entrei aqui, pergunstas-te intrigada.

Benzes-te, que faço aqui.

Solo sagrado, sítio a que nunca pertenci.


Com os olhos dispo-te a alma, e o teu corpo agora desnudado.

Tudo em mim é desejo, tudo em mim é pecado...

O teu Deus já me chamou anjo, agora excumungado,

Os desejos que sente proíbidos, o fervor imaculado.


Onde eu ando Ele não vê, sou proíbido como o fruto.

Beijo-te soltando o desejo, o desejo que reprimias em absoluto.

Os nosso corpos tocam-se com a sede da paixão.

Toco-te, sinto-te, todo o teu corpo, conheço o teu coração.


Onde ninguém saberá , entregas-te completamente,

A luxúria entre nós transborda, trocamos carícias ardentemente.

Os nossos corpos revoltos, o teu corpo solto,

Deixas que te possua, que o desejo se torne revolto.


O que se passou, só nós sabemos.

O que se passará, Imaginamos...


Tormentedly Yours

Mente Atormentada

Monday, May 16, 2011

Draconian Night


A dark and weary night, a Draconian night... A night of rain and storms, a night of Raven and Lenore.

It is on a night like those that I write you, a night of prophecies... A night to make or acknowledge them, I do not know... I'll let the feather decide...

The wind is blowing strong, though its air is hot, it brings flashes of days already gone, it brings visions of what's to come. I stand there, weary, thinking about what to do. Looking at both past and future. I do not discern them, both seem like reruns... Both stand on hope and illusions, or just simply lies...

The frail illusions on which we build our dreams, are just that, illusions... Trying to disguise the emptiness that possesses us. Filling ourselves with a sense of Honour, Integrity, among other beautiful principles. We get ready to fight for them... And the bigger our illusions, the greater will be the intensity we will fight for them, the greater shall be our battles... The really deluded might even try to save the world, to heal everybody's wounds...

As the rain starts to pour in the room, I sense an urge to close it, yet I remain seated... I do not know if I'm waiting for someone to enter through it, or if this rampage of images will just stop, the reality is that I do not close it.

Oh Draconian night, why do you arise such emotions on this old man, why can't you leave the dead alone... Why do you remind me of the size of my illusions... How many lives have I given to them... And I know, oh Draconian night, when my strength is back I shall give much more. Don't remind me, oh Draconian night of the price to pay, for I shall pay it in advance if needed to. One man said "I regret having but only one life to give for my country", My regret is not having more lives to give to my kin... If I still have one hundred lives to live, all of them shall be for you.

Oh Draconian night, how you yell right now, should I not save one for me? Can I not be free? Let this dreamer be, oh Draconian night, until someone comes to share this dream with me. Until my Lenore, it shall be for evermore.

Tormentedly Yours

Mente Atormentada